"Uma Mulher Sem Importância" de Oscar Wilde, no Teatro Maria Matos em Lisboa

Uma Mulher Sem Importância
texto | Oscar Wilde
encenação | Joaquim Horta
interpretação | Cláudia Gaiolas, Joana Bárcia, Lia Gama, Maria João Abreu, Paula Diogo, Rita Durão, José Mata, Miguel Costa, Miguel Damião, Raul Oliveira e Rúben Tiago.
cenografia | Fernando Ribeiro
figurinos | José António Tenente
desenho de luz | Daniel Worm D'Assumpção
co-produção | Maria Matos Teatro Municipal e Truta
10 a 12 e 16 a 19 de Setembro | 21h30 - dia 13 de Setembro | 18h30
bilheteira online
http://www.teatromariamatos.pt/pt/bilhetes


O Projecto

Entendemos o trabalho em grupo como sinónimo de preservação das múltiplas individualidades e de abertura ao exterior, procurando trabalhar com diferentes artistas, contribuindo desta forma para o desenvolvimento de uma comunidade artística que privilegie a valorização de sinergias.
Apostámos em trazer o texto de Óscar Wilde para os nossos dias, colocando em evidência as representações sociais tradicionais de género, privilegiando o trabalho sobre o texto e a palavra num processo que nos permita explorar a nossa capacidade de construção de objectos artísticos enquanto colectivo.
O encontro é um conceito importante. Pois, consideramos a troca de ideias, afectos e preocupações imprescindível na criação dos espectáculos que queremos apresentar ao público.
Assim, o estabelecimento de parcerias tem sido também fundamental para a concretização dos nossos projectos, contando mais uma vez com a co-produção do Teatro Maria Matos.












Fotos de ensaio: Manuel Portugal




Rita Durão

Sobre Ladies, sem Leque

Eugénia Vasques

O dramaturgo irlandês Oscar Wilde, que nasceu no ano da morte de Almeida Garrett (1854) e faleceu no ano da morte de Eça de Queirós (1900), fez da vida uma forma de expressão artística e fez da arte uma forma suprema de sinceridade. A sua poesia caminhou para a prosa e esta verteu-se, progressivamente, em drama, campo em que o autor atingiu apogeu e celebridade (antes da queda, de 1895 até ao fim). Diz-se que foi “percursor” do Modernismo (como é apanágio dos grandes Simbolistas), que inspirou, pelo menos, Joyce, Gide, Yeats e até José Luis Borges.
O seu nome de dramaturgo foi convocado, em Portugal, talvez pela primeira vez, na cena do Teatro D. Maria II, ainda antes da implantação da República (Um Marido Ideal, 1909-10), com uma peça que provocou escandaleira (a actriz mostrara cabotinamente a botina, o que deu brado), e que, retraduzida por um seu irmão maçon, Ramada Curto, haveria de continuar a conhecer posteridade nas décadas de 40 e 50 no teatro de Amélia Rey-Colaço que apreciava, aliás, as suas «altas comédias».
Os textos de Wilde, contos, novelas ou teatro para a infância e juventude (o grosso das escolhas), merecem pronunciada atenção dos artistas em Portugal e, nos últimos anos, é notória a sensibilidade à sua estética e, o que é mais relevante, ao seu carácter de escritor experimental como nesta peça fica patente no jogo de subtilezas com que é desmentida a linguagem do melodrama dominante.

A Associação Cultural TRUTA, em cujo viveiro residem vários clássicos (Büchner, Tchekov, Brecht) a par de criadores contemporâneos, escolhe, para esta co-produção, um inesperado Wilde. Uma Mulher Sem Importância (1893), retrato assassino da Mãe Castradora, foi concebida, em período produtivo, antes do Leque de Lady Windermere. Mal-amada da crítica (cf. Ellmann, 1987), a peça conhecerá várias traduções em língua portuguesa, algumas, antigas, aqui convocadas mas em versão cénica e dramatúrgica dos próprios criadores.
O actor Joaquim Horta, o encenador, relê a peça à luz de convicções pós-teorias de género, propondo-nos uma encenação que acredita, filosoficamente, numa aproximação, em espelho, entre os universos das mulheres e dos homens. Para esse fim, destaca, na abertura, o monólogo programático da Senhora Arbuthnot – o que lança, desde logo, uma pista para a leitura do trabalho -- e, através desta mesma figura nuclear (que dava, aliás, o nome inicial à peça), procede de modo a que os quatro actos em que se encontra organizada a acção demonstrem como, entre 1893 e 2015, a história das sociedades evolui, irrevogavelmente, de um isolamento em ilha, de cada um, para um futuro paralelismo social entre os géneros.
O interesse acrescido deste espectáculo, construído por um fascinante leque de artistas – com evidente diversidade de personalidades, sobretudo no feminino, que é quase um leque representativo do teatro português --, radica no embate com que actores e actrizes vão potenciar as suas personagens em confronto. Quem ganha a guerra? Os homens, cativos dos seus papéis, ou as mulheres treinadas no driblar das convenções?

Lisboa, 23 de Agosto de 2015

(A autora não segue o AO em vigor)


Raul Oliveira

LENZ, um projecto de Pedro Lacerda A partir da novela com o mesmo nome de Georg Büchner. Espaço Negócio|ZDB, 13 a 24 de Fevereiro | 4ª a Domingo | 21h30


LENZ, um projecto de Pedro Lacerda
A partir da novela com o mesmo nome de Georg Büchner.
Espaço Negócio|ZDB, 13 a 24 de Fevereiro | 4ª a Domingo | 21h30

©Pedro A. Pina

LENZ é uma criação do actor Pedro Lacerda e é uma proposta de teatro para um actor e um pintor. Os pontos de partida são: o texto da novela de Georg Büchner "Lenz", numa tradução de Nuno Júdice e uma tela em branco.
LENZ constrói-se nesse encontro, nessa relação entre a imagética e o discurso.
O espectáculo reconstrói o percurso de Lenz que parte para uma viagem solitária acompanhado por imagens de uma aspereza gélida e uma natureza imensa, tentando sobreviver a si próprio e ao mundo.
O texto trata da viagem trágica desse homem e da sua caminhada progressiva para loucura. Das suas qualidades como pessoa e como artista e das razões que o fazem gorar um futuro que se adivinharia brilhante. Com a solidão como pano de fundo e grande catalisador, o texto deambula entre o “contar” da história e o discurso directo.
A obra de Büchner mantém-se actual e moderna até aos nossos dias. “Lenz” é um fragmento, uma história inacabada, mas mesmo assim uma obra-prima da literatura alemã. É o homem que procura descontroladamente encontrar-se, equilibrar-se, o homem que revê em si a fúria dos elementos. A descrição de Lenz pode ser analisada como um caso clássico de esquizofrenia mas encerra em si para além da análise médica, todo o interesse de um homem moderno que questiona, que luta contra o caos do mundo. Tudo isto nos interessa na identificação de Lenz com o homem contemporâneo, como figura resistente ao seu contexto, como indivíduo livre.

"Em todas as coisas eu exijo a vida, um carácter verosímil, e chega; não temos nada que perguntar se é belo ou feio. O sentimento que há vida na coisa criada é muito mais importante do que considerações sobre a beleza e a fealdade; este é o único critério em matéria de arte."
in “Lenz” de Büchner


UMA PRODUÇÃO 


PARCEIROS E CO-PRODUTORES





























FICHA TÉCNICA e ARTÍSTICA:
Texto Original Georg Büchner, Tradução Nuno Júdice, Direcção de Projecto, Adaptação, Criação e Interpretação Pedro Lacerda, Pintura, Interpretação e Espaço Cénico José Grazina, Figurinos e Espaço Cénico Ana Limpinho, Desenho de Luz Daniel Worm d’Assumpção, Assistência à Criação e Dramaturgia Paulo Pinto e Paula Diogo, Assistência à Criação no Espaço do Tempo Luis Godinho, Assistência montagem Luz Marta Fonseca, Fotografia Pedro A. Pina/http://www.pedroapina.com/, Produção e Difusão Pedro Pires e TRUTA

AGRADECIMENTOS:
Agradecimentos António Duarte e Organização, Rui Horta, Pia Kraemer, Susana Picanço, Tiago Coelho, Ana Carina Paulino, Thomas Walgrave, Ana Riscado, Sofia Campos, Jorge Silva Melo, Nuno Júdice, Carlos Pessoa, Goethe Institut, Dr. Joachim Bernauer, Major-General Comandante da Academia Militar, Capitão Rui Matos Alvarinho (Academia Militar), Ruben Soares, Chefe do Gabinete do Comando da Academia Militar, Adriana Martins, Luis Cordeiro, José Manuel Carriço, Máquina Agradável, Andresa Soares, Marta Brito, Inês Aranha, Sr. Carapinha, Dª Maria Constança Santa Marta, Demi Monde, Pedro A. Pina, Carlos Silva, Carlos Lacerda, Ana Pereira, Susana Duarte, Georges Steyt e Altino Cunha.
 

 

IVANOV shortcut


Depois da aventura do  fim-de-semana louco em Óbidos, a truta apresenta IVANOV shortcut no Teatro Maria Matos dia 3 (dom) de Fevereiro às 21h30.
A entrada é livre, mas a lotação limitada. Os bilhetes têm de ser levantados no próprio dia (a partir das 15h)

IVANOV shortcut
um filme de Joaquim Horta,  Sérgio Graciano e Tiago Marques

o Teaser: http://www.facebook.com/photo.php?v=2767914693489&set=vb.1726617569&type=2&theater


Do espectáculo
tradução José Sinde Filipe
revisão da tradução Luís Lima Barreto
direcção Tónan Quito

interpretação António Fonseca, Carla Galvão, João Pedro Vaz, Joaquim Horta, Paula Diogo, Pedro Lacerda, Raul Oliveira, Rita Durão, Sílvia Filipe, Tónan Quito
direcção musical Melech Mechayamúsicos Francisco Caiado, João Graça, João Novais, Miguel Veríssimo
cenografia Fernando Ribeirofigurinos Ana Limpinho

desenho de luz Daniel Worm d'Assumpçãoprodução Henrique Figueiredo
design Hugo Neves
colaboração Patrícia Costa


co-produção Truta / Maria Matos Teatro Municipal

a Truta é uma estrutura financiada pela DGArtes/MC
patrocínio Nova Noiva
apoios Centro Cultural de Belém, Fundação Calouste Gulbenkian, Soazilope, Lda., Teatro Nacional D. Maria II
agradecimentos Anabela Almeida, Ana Brum, A menina dos meus olhos AC, Ana Isabel Gonçalves, Cláudia Gaiolas, Jonas Omberg, Luís Cruz, Marta Piedade, Rita Sousa

LENZ, UM PROJECTO DE PEDRO LACERDA | 13 a 24 Fevereiro 2013 | Negócio/ZDB

LENZ, um projecto de Pedro Lacerda
A partir da novela com o mesmo nome de Georg Büchner.
Espaço Negócio|ZDB, 13 a 24 de Fevereiro | 4ª a Domingo | 21h30

A Truta volta ao Negócio e em colaboração com a ZDB, apresentam de 13 a 24 de Fevereiro, o espectáculo LENZ, uma adaptação da novela com o mesmo nome de Georg Büchner.
LENZ é uma criação do actor Pedro Lacerda e é uma proposta de teatro para um actor e um pintor. Os pontos de partida são: o texto da novela de Georg Büchner "Lenz", numa tradução de Nuno Júdice e uma tela em branco.
LENZ constrói-se nesse encontro, nessa relação entre a imagética e o discurso.
O espectáculo reconstrói o percurso de Lenz que parte para uma viagem solitária acompanhado por imagens de uma aspereza gélida e uma natureza imensa, tentando sobreviver a si próprio e ao mundo.
O texto trata da viagem trágica desse homem e da sua caminhada progressiva para loucura. Das suas qualidades como pessoa e como artista e das razões que o fazem gorar um futuro que se adivinharia brilhante. Com a solidão como pano de fundo e grande catalisador, o texto deambula entre o “contar” da história e o discurso directo.
A obra de Büchner mantém-se actual e moderna até aos nossos dias. “Lenz” é um fragmento, uma história inacabada, mas mesmo assim uma obra-prima da literatura alemã. É o homem que procura descontroladamente encontrar-se, equilibrar-se, o homem que revê em si a fúria dos elementos. A descrição de Lenz pode ser analisada como um caso clássico de esquizofrenia mas encerra em si para além da análise médica, todo o interesse de um homem moderno que questiona, que luta contra o caos do mundo. Tudo isto nos interessa na identificação de Lenz com o homem contemporâneo, como figura resistente ao seu contexto, como indivíduo livre.

"Em todas as coisas eu exijo a vida, um carácter verosímil, e chega; não temos nada que perguntar se é belo ou feio. O sentimento que há vida na coisa criada é muito mais importante do que considerações sobre a beleza e a fealdade; este é o único critério em matéria de arte."
in “Lenz” de Büchner

Uma produção TRUTA

PARCEIROS E CO-PRODUTORES:
ZDB|Galeria Zé dos Bois/Negócio, O Espaço do Tempo, ALKANTARA, Goethe Institut

APOIOS:
Academia Militar de Lisboa, SOAZILOPE, MALA VOADORA

FICHA TÉCNICA e ARTÍSTICA:
Texto Original Georg Büchner, Tradução Nuno Júdice, Direcção de Projecto, Adaptação, Criação e Interpretação Pedro Lacerda, Pintura, Interpretação e Espaço Cénico José Grazina, Figurinos e Espaço Cénico Ana Limpinho, Desenho de Luzes Daniel Worm d’Assumpção, Assistência à Criação e Dramaturgia Paulo Pinto e Paula Diogo, Assistência à Criação no Espaço do Tempo Luis Godinho, Fotografia Pedro A. Pina/http://www.pedroapina.com/, Produção e Difusão Pedro Pires e TRUTA

AGRADECIMENTOS:
António Duarte e Organização, Rui Horta, Pia Kraemer, Susana Picanço, Tiago Coelho, Ana Carina Paulino, Thomas Walgrave, Ana Riscado, Sofia Campos, Jorge Silva Melo, Nuno Júdice, Carlos Pessoa, Goethe Institut, Dr. Joachim Bernauer, Major-General Comandante da Academia Militar, Capitão Rui Matos Alvarinho (Academia Militar), Ruben Soares, Manuel Poças, Mala Voadora, Chefe do Gabinete do Comando da Academia Militar, Adriana Martins, Máquina Agradável, Andresa Soares, Marta Brito, Inês Aranha, Sr. Carapinha, Dª Maria Constança Santa Marta, Demi Monde, Pedro A. Pina, Carlos Silva, Carlos Lacerda, Ana Pereira, Susana Duarte, Georges Steyt e Altino Cunha.


INFORMAÇÕES E RESERVAS: reservas@zedosbois.org | www.zedosbois.org
Pedro Pires (produção TRUTA): 91 261 96 88
Bilhetes: normal 7,5€ | estudantes em grupo 5,00€




Bucha e Estica








«Bucha e Estica» de Juan Mayorga

Co-Produção Truta – AJAGATO

18 a 22 e 25 a 29 de Janeiro

4ª a sáb. 21h – dom 17h

Teatro Turim – Estrada de Benfica 723-A (em frente à Igreja de Benfica)

Reservas – 217 606 666 – geral@teatroturim.com

Bilhetes 10€